Nova Versão do Mapa Geológico do Brasil !

Em Julho de 2025, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) celebrou um feito histórico ao lançar uma nova versão do Mapa Geológico do Brasil. Este lançamento representa um avanço significativo para pesquisadores, profissionais de geociências e estudantes, visto que trata-se de um dos principais instrumentos de conhecimento estratégico sobre a estrutura geológica do território brasileiro. Vamos entender os impactos e as novidades dessa atualização.

O que é o Mapa Geológico do Brasil?

O mapa geológico do Brasil é uma representação cartográfica fundamental, que ilustra a distribuição, a natureza e a idade das rochas presentes na superfície do país. Ele serve como base para diversas aplicações que vão desde a exploração mineral até o planejamento territorial, além de subsidiar políticas públicas e pesquisa científica.

Principais Inovações da Nova Versão

Esta nova edição foi desenvolvida utilizando geotecnologias modernas e contemplando dados obtidos a partir de metodologias mais refinadas e investigações de campo realizadas nos últimos anos. Entre os diferenciais dessa versão, destacam-se:

• Atualização Síncrona dos Dados: A nova versão reflete os avanços acumulados nos últimos 20 anos em termos de mapeamento, interpretação e atualização de informações sobre a formação geológica do país.

• Ampliação da Escala e Detalhamento: O refinamento da escala permite maior precisão na identificação dos diferentes domínios geológicos. Isso resulta em um mapa mais detalhado e confiável para apoiar decisões estratégicas.

• Integração com Plataformas Digitais: O mapa está disponível de forma interativa no webGIS do SGB, permitindo consulta online e facilitando o acesso para toda a comunidade. Além disso, informações complementares podem ser integradas via sistemas de informação geográfica (SIG), tornando o produto ainda mais dinâmico.

Relevância para Estudos Ambientais

A nova versão do mapa geológico traz impactos diretos também na área ambiental, especialmente em procedimentos legais e de planejamento, como:

• Estudos Ambientais (EIA/RIMA): O estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) depende de informações detalhadas sobre o meio físico. O mapa geológico permite identificar possíveis impactos em substratos rochosos, reservas aquíferas, estabilidade de solos e presença de minerais potencialmente tóxicos, subsidiando avaliações ambientais mais robustas e fundamentadas.

• Outorga de Poços: Para obtenção da outorga de uso de recursos hídricos subterrâneos, o conhecimento geológico é fundamental. O mapa atual identifica áreas com potencial aquífero, tipos de rochas e estruturas geológicas que podem influenciar diretamente o aproveitamento e a sustentabilidade dos poços tubulares. Isso evita perfurações em regiões inadequadas e permite o uso racional do recurso hídrico, reduzindo riscos de contaminação, superexploração e conflitos pelo uso da água.

• Estudos de Áreas para Resíduos Sólidos: confinamento adequado de resíduos depende do tipo de solo, presença de aquíferos e características das rochas. Um bom mapa geológico orienta escolhas que minimizam risco de contaminação.

• Estudos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD): Cada tipo de substrato exige técnicas adequadas de reabilitação e revegetação. A análise geológica orienta a escolha de métodos, insumos e espécies vegetais mais apropriadas para o solo local.

• Avaliação de Risco Geotécnico: O detalhamento das formações rochosas e estruturas geológicas auxilia na identificação de áreas suscetíveis a deslizamentos, quedas de bloco, subsidências e outros riscos naturais.

• Estudo de Áreas Contaminadas: A compreensão do tipo de rocha e do solo permite avaliar o comportamento de contaminantes no subsolo. O mapa geológico orienta o delineamento de plumas de contaminação, escolha de técnicas de remediação e entendimento da hidrogeologia local.

Dessa forma, esta é uma fonte de informação mais precisa e atualizada, promovendo decisões técnicas mais acertadas e conformidade com as exigências legais dos órgãos ambientais.

Como acessar o Mapa Geológico

O SGB disponibilizou a nova versão do mapa para consulta e download, tornando o material acessível tanto para o público especializado quanto para interessados em geral. O mapa está disponível em diferentes escalas e formatos — incluindo 1:2.500.000 (formato SHP) e 1:5.000.000 (PDF e JPEG), estruturado em Sistema de Informações Geográficas (SIG), além de um texto explicativo em PDF. Basta acessar o portal institucional e navegar pelo webGIS interativo para explorar as diferentes camadas de informação.

Para acessar o mapa e conhecer mais detalhes, visite:

www.sgb.gov.br